quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O que fazer em casos de estupro?

Muitas vezes por medo ou vergonha, a mulher a deixar de denunciar o seu agressor em casos de estupro. Muitas vezes, a denúncia deixa de ser feita justamente porque a vítima conhece o agressor – na maior parte desses casos, o estuprador é um parente ou amigo da família.

Conseqüências do estupro
Quem sobrevive ao ataque ainda enfrenta complicações na saúde sexual e reprodutiva, risco de doenças sexualmente transmissíveis, transtornos psicológicos posteriores e, em casos extremos, comportamentos suicidas. O grande fantasma dessas mulheres violentadas é a culpa. Algumas delas acreditam que tenham sido culpadas por ter ocorrido o estupro – pelas roupas, pela maneira de se portar, por ter saído sozinha de casa.
A legislação atual brasileira permite aborto em casos de estupro.
As principais vítimas de estupro:
- Têm entre 18 e 30 anos de idade;
- Andam sozinhas, principalmente à noite, em lugares desertos, tornando-se presas fáceis de dominar;
- Muitas vezes são ameaçadas com armas ou supostas armas sob a roupa. Geralmente não reagem porque têm medo de morrer.
O que fazer em caso de estupro:
- Após sofrer agressão, a vítima não deve ser lavar, nem tomar banho (para não limpar as provas).
- Em primeiro lugar, deve procurar a Delegacia mais próxima.
- Se puder escolher, o melhor é a Delegacia de Defesa da Mulher, exceto se necessitar de cuidados médicos de urgência, como ferimentos graves, sangramento, etc.
- A vítima deve ser levada ao Hospital para tratamento médico e procurar ajuda dentro de no máximo 72 horas.
- No serviço de saúde peça para um profissional de saúde do mesmo sexo que você para fazer um exame nas suas feridas e machucados. Se você for uma mulher, a médica ou enfermeira que lhe atender também deverá coletar sêmem da sua vagina.
- Peça que te deem os comprimidos de contracepção de emergência e também peça para fazer o exame de HIV/AIDS. Para fazer esse exame, você deverá voltar ao serviço de saúde dentro de 3 a 6 meses após o estupro, para ter certeza de que não foi contaminado.
- Peça ao profissional de saúde para fazer uma lista de tudo que foi encontrado (provas físicas). Essas informações podem te ajudar a provar que houve o estupro.
- Se você tem menos de 18 anos, procure o Conselho Tutelar ou o Juizado da Infância e Adolescência, ou vá a uma Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), e notifique os fatos imediatamente. Conforme o caso, será registrado um Boletim de Ocorrência ou Termo de Circunstância. Fale tudo o que aconteceu. Faça todos os exames que possam comprovar a violência.
Se ocorrer gravidez
Em caso de gravidez indesejada decorrente de estupro, as leis brasileiras permitem que a mulher aborte, se quiser, até a 12ª semana, ou seja, até completar 3 meses de gestação. Mas para isso, é preciso que fique comprovado que a gravidez é decorrente de estupro. Neste caso, você tem que fazer a denúncia da violência sofrida para ter direito ao aborto legal, que é feito em hospitais da rede pública de saúde por médicos e acompanhado por outros profissionais de apoio, como psicólogos e assistentes sociais, e é gratuito.
Nunca recorra a outros serviços, que não sejam os da rede pública de saúde, para este tipo de atendimento. O aborto inseguro, utilizando métodos que não sejam orientados exclusivamente por médicos treinados para isso, pode trazer sérios riscos a saúde e até mesmo resultar na morte da pessoa.

Fontes: nippojovem.com.br e www.ipas.org.br/teen

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